ATO I
Cena I
(Um vasto jardim. À direita a casa deAntonio; à
esquerda, à borda de um regato, um quiosque com
uma mesa e um maço de flores. Na margem oposta,
grandes plantações. Ao subir a cortina, muitos
escravos trabalham no jardim. Os primeiros raios
de sol iluminam a cena. Entre os escravos está
Irma,
que trabalha, mas não toma parte do coro
de
escravos que lamentam a sua sorte)
CORO
Enquanto o sol castiga,
veja o escravo
condenado a trabalhar.
Se vem o patrão,
deve esconder uma pontada
de dor no coração,
Quando aparece o patrão,
deve esconder uma pontada
de dor no coração.
Não tem perfume a flor,
nem raios o sol dá
para o homem escravo.
IRMA
Não tem pátria, nem céu
e os vínculos de amor,
lhes são proibidos.
Se ele geme na dor
um coração fiel
não o conforta.
CORO
A ele o amor não fala,
não lhe fala a piedade.
É desprezado.
Cena II
(Irma procura Bug Jargal com inquietação)
IRMA
Ah! Porque ainda
não voltou para nós.
Tremo por ele
se fosse descoberto!
CORO
Quem sabe nos dar notícias de Bug Jargal?
(Para Irma com malícia)
Irma está pensativa.
Sabes nos dizer onde ele foi!
IRMA
Talvez ao leão, que
percorre a floresta livre,
se possa perguntar onde ele colocou
os seus pés naquele dia.
A Bug Jargal, não. Não lhe perguntem
sobre seus objetivos secretos.
Para ele não existem fronteiras.
É livre como um rei!
CORO
Talvez ao leão, que livre
percorre a floresta,
se possa perguntar onde ele colocou
os seus pés naquele dia.
A Bug Jargal, não. Não lhe perguntem
sobre seus objetivos secretos.
Para ele não existem fronteiras.
É livre como um rei!
Sim!
IRMA
(para si enquanto os escravos voltam ao trabalho)
Antes fosse, mas aqui as correntes
de escravo o amarram.
Antes fosse, mas aqui
a nossa servidão o prende...
(Os escravos voltam ao trabalho)
CORO
Força! Trabalhemos.
Senão, o bárbaro patrão
cai sobre nós.
A sua mão já se ergue armada
para punir.
Cena III
(Um velho escravo está exausto, abatido pelo
trabalho cai por terra. Abre-se a porta da casa
de Antonio que sai e observando o grupo de
escravos vê o velho caído e o ataca)
ANTONIO
Que trabalho, é esse?
Olhem só! Que preguiçoso!
(golpeia o velho com o pé. o velho tenta
levantar-se mas cai novamente)
Trabalha ou temerás a minha ira,
se tardas a obedecer.
CORO
Piedade, senhor! Piedade, senhor!
(Bug Jargal entra inesperadamente e ao ver
a cena precipita-se em direção
a Antonio)
ANTONIO
Sem piedade, Sem piedade! Quero puni-lo!
Cena IV
BUG JARGAL
(detendo Antonio)
Para!
Se tens sede de sangue.
Oh, desumano, me golpeia.
Ele é velho. Não vês?
Ele não pode se erguer!
ANTONIO
Ah! Teme a minha ira!
Escravo imprudente, insano...
Que seja eu a te lembrar:
Aqui sou patrão, sou Rei!
(Antonio ameaça bater em Bug Jargal que
lhe toma o chicote, quebra-o joga ao chão
e pega um machado.)
BUG JARGAL
Ah! Não! Não o chicote...
a ti è mais digno
o machado de um carrasco.
Então! Golpeia!
Bug Jargal não teme tal morte
ANTONIO
Prendam-no!
Seja levado acorrentado à solitária.
Se eu me recuso a te matar,
o carrasco o fará.
IRMA
Ah! Piedade ao imprudente!
Perdoa sua falha, perdoa!
Vinga-te em mim
ou seja piedoso!
CORO
Piedade ao imprudente.
Vinga-te... em nós.
ANTONIO
Levem-no e o amansem.
Seu destino será digno do
atrevimento insano!
IRMA
Piedade! Piedade!
(Maria observa e entra em cena)
ANTONIO
Basta!
IRMA
Piedade!
ANTONIO
Chega!
Cena V
MARIA
Pai!
Enquanto o sol sorri através dos belos raios,
neste dia que... paira no ar
o amor e o perfume de flores silvestres,
o seu coração ditou uma pena severa.
Pelo amor que me tens,
eu ti peço, perdoa,
e ao escravo dá liberdade.
A tua filha não pede tanto.
Ó meu pai, tenha piedade!
ANTONIO
Vê!
(apontando Maria e acenando aos homens que soltem Bug Jargal)
Por ti um anjo veio aqui suplicar.
E por isto, esqueço a tua louca coragem
BUG JARGAL
(Ajoelhando-se aos pés de Maria.)
Anjo que me deu a vida,
Para ti, agora vivo e até mesmo morrerei...
(Antonio e Maria vão para a casa.Irma se afasta.
Os escravos preparam-se para sair. Bug Jargal
permanece ajoelhado, levanta-se extasiado, como
em adoração.)
CORO
A jovem pálida o salvou,
a sua bondade devemos bendizer.
(saem todos lentamente, inclusive Bug Jargal.)
IRMA
Maria o salvou.
Gostaria, mas não posso bendize-la.
Não! Não posso... Sinto que a odeio.
(sai)
Cena VI
(Bug Jargal retorna à cena trazendo um maço de
flores silvestres. Dirige-se ao quiosque onde um
outro maço de flores está sobre a mesa. Joga este
no chão e o pisoteia, substituindo-o pelo que trouxe)
BUG JARGAL
Te odeio, ó, flor...
e aquele que em ti tocou.
O escravo te destrói com seus próprios pés.
Flores silvestres, é em ti que Maria
deve dar um beijo.
Só em ti,... só em ti.
(Maria retorna)
Ah! Ela está vindo para cá!
Esse anjo celestial,
não deve ver o escravo.
MARIA
(Aproximando-se do quiosque) De novo... De novo...
Sempre assim,
vejo destruídas as flores que meu amor
recolheu de manhã para mim.
Estas flores silvestres, uma outra mão as põe.
Ah, não as quero...
Vou descobrir o cantor desconhecido
(ouve-se internamente o som de guitarra e em
seguida a voz de Bug Jargal que canta seus
amores)
Que som é esse? Estranha melodia!...
BUG JARGAL
Porque me foges, ó bela.
Eu te amo. Vens comigo!
Esperança, tu és a estrela de um escravo,
de um Rei!
Sei sofrer, cantar.
Sei morrer de amor por ti.
Senhora não me desprezes.
Juntemos nossos corações.
Sim! A tua voz
vem do canto dos anjos.
Nos teus olhos resplandece
a castidade do céu.
MARIA
Quanta dor esconde
o triste trovador.
O coração responde ao seu canto
como um eco piedoso.
BUG JARGAL
Ama-me. Por ti saberei
esquecer a minha vingança.
A glória a mim reservada,
até essa esquecerei.
Sob aquele céu me sorri
o astro da liberdade.
Mas triste me afasta
da felicidade...
Sim! E o astro não mais ama.
Este coração não sonha.
Em vão, em vão
a voz da honra me chama
MARIA
Ah! Essa canção me soa com uma prece
mais doce que um desejo.
Uma alma que anseia
o êxtase do amor...e o suspirar.
Ah, sim!
BUG JARGAL
E o astro não mais ama.
Este coração não sonha.
Em vão, longe, a voz
da honra me chama.
O' Deus! Venha!
|
ACTO I
Escena I
(Gran jardín. A la derecha, la casa de Antonio;
a la
izquierda, junto a un arroyo,
un quiosco
con mesa y un ramo de flores.
Del lado opuesto,
grandes plantaciones.
Los esclavos trabajan en
el jardín. Los primeros rayos de sol iluminan la
escena. Entre los esclavos está Irma, que
trabaja
pero que no participa del coro de los
esclavos
que
lamentan su suerte)
CORO
Mientras que el sol castiga
con sus rayos,
el esclavo se ve forzado a trabajar.
Debe ocultar siempre
el dolor que hay en su corazón
cuando llega el amo.
Si aparece el patrón,
el dolor que sufre en su corazón
debe ocultar.
No dan perfumes las flores
ni el sol brinda sus rayos,
para el hombre esclavo.
IRMA
Patria no tiene, ni tiene cielo;
y los lazos del amor.
le están prohibidos.
Un corazón que le sea fiel,
si gime sumido en el dolor,
jamás lo consuela.
CORO
A él no le habla el amor,
a él no le habla la misericordia.
Él es siempre despreciado.
Escena II
(Irma busca ansiosamente a Bug Jargal)
IRMA
¡Ah! ¿Por qué
no ha regresado
aún
junto a nosotros?
¡Tiemblo por él
si llega a ser descubierto!
CORO
¿Quién tiene noticias de Bug Jargal?
(dirigiéndose a Irma, con malicia)
Irma, estás pensativa.
¿Sabes tú dónde ha ido?
IRMA
Tal vez al león,
que recorre
libremente el bosque,
se le pueda preguntar
dónde detuvo su marcha en este día.
A Bug Jargal no, no le preguntéis
acerca de sus objetivos secretos.
Para él no existen fronteras...
¡Él es libre como un rey!
CORO
Tal vez al león,
que recorre
libremente el bosque,
se le pueda preguntar
dónde detuvo su marcha en este día.
A Bug Jargal no, no le preguntéis
acerca de sus objetivos secretos
Para él no existen fronteras...
¡Él es libre como un rey!
¡Sí!
IRMA (para si, cuando los esclavos
vuelven a sus tareas) Lo fue... pero ahora
lo aferran las cadenas de un esclavo.
Lo fue... pero ahora
es esclavo un esclavo más...
(Los esclavos vuelven a trabajar)
CORO
¡Vamos, trabajemos
que el cruel patrón
viene hacia aquí!
Su mano ya extiende, armada
con el látigo,
para azotarnos.
Escena III
(Un viejo esclavo exhausto por el excesivo trabajo
cae desmayado. Se abre la puerta de la casa.
Sale Antonio, observa a los esclavos y al ver
al viejo caído lo agrede)
ANTONIO
¡Qué forma de trabajar es ésta?
¡Levántate! ¡Haragán!
(patea al viejo. El anciano intenta
levantarse pero vuelve a caer al suelo)
¡Trabaja o teme mi ira
si tardas en obedecer!
CORO
¡Señor piedad, piedad señor!
(Bug Jargal entra inesperadamente
y al ver la escena se precipita
sobre Antonio)
ANTONIO
¡Sin compasión, sin piedad, te castigaré!
Escena IV
BUG JARGAL
(deteniendo a Antonio)
¡Alto!
Si tienes el corazón sediento de sangre
golpéame a mí.
Es un anciano. ¿No lo ves?
¡Ya ni puede sostenerse en pie!
ANTONIO
¡Ah! ¡Teme mi ira,
esclavo imprudente y loco!
Recuerda quien soy yo.
¡Aquí soy el amo, yo soy el rey!
(Antonio amenaza con golpear a Bug Jargal que
le arrebata el látigo lo rompe lo arroja al suelo,
luego toma un hacha y se la ofrece al amo.)
BUG JARGAL
¡Ah! No! No con el látigo...
Para ti el hacha del verdugo
lo más adecuado.
¡Vamos! ¡Golpea!
¡Bug Jargal no teme la muerte!
ANTONIO
¡Arrestadlo!
Que sea encarcelado en una celda oscura.
Si no me decido a matarte,
un verdugo lo hará.
IRMA
¡Ah, piedad!
¡Su falta perdona!
Que sobre mi pecho caiga tu venganza,
pero ¡ten piedad de él!
CORO
¡Ten piedad del imprudente!
Véngate.... sobre nosotros.
ANTONIO
¡Lleváoslo lejos de aquí!
¡Que su castigo
sea acorde con su loca audacia!
IRMA
¡Piedad! ¡Piedad!
(María observa fuera de escena)
ANTONIO
¡Basta ya!
IRMA
¡Piedad!
ANTONIO
¡Basta!
Escena V
MARÍA
¡Padre!
Mientras que sonríe el sol con sus bellos rayos,
mientras que en este día sonríe el amor
y mil flores nos dan su perfume salvaje,
¿un castigo tan severo ha dispuesto tu corazón?
Por amor a mí,
te ruego que lo perdones,
y que le otorgues la libertad a ese esclavo.
A tu hija no puedes negárselo.
¡Oh padre mío, que te inspire la piedad!
ANTONIO
Mírala.
(señalando a María y a los
hombres
que sujetan a Bug Jargal)
Por ti, un ángel ha venido a interceder.
Pues bien, que sea olvidada tu loca osadía.
BUG JARGAL (De rodillas, a los pies de María.)
Ángel que me has dado la vida,
por ti ahora vivo y quizás muera...
(Antonio y María entran en la casa.
Los
esclavos se preparan
para marcharse. Bug
Jargal que sigue
arrodillado, se levanta extático,
como en actitud de adoración.)
CORO
La pálida muchacha lo ha salvado,
su bondad debemos bendecir.
(salen todos lentamente, incluso
Bug Jargal)
IRMA
María lo salvó.
Me gustaría, pero no puedo bendecirla.
¡No! No puedo... Siento que la odio.
(sale)
Escena VI
(Bug Jargal regresa llevando un ramo de flores
silvestres. Va a la mesa donde hay otro ramo de
flores. Toma este ramo, lo arroja al suelo y lo
pisotea, reemplazándolo con el que él ha traído)
BUG JARGAL
Te odio... ¡oh, flor!...
porque su mano tocas.
¡El esclavo te destruye con su pie!
Silvestres flores es a vosotras
a quien su boca debe besar.
Sólo a vosotras... a vosotras...
(María retorna)
¡Ah, aquí viene ella!...
No debe ver al esclavo
ese ángel del cielo.
MARÍA (acercándose a la glorieta)
¡Otra vez! ¡Otra vez!
Siempre igual...
Destruidas veo las flores que mi amor
por las mañanas trae aquí para mí,
y estas flores silvestres otro hombre coloca.
¡Ah! ¡No las quiero! ¡No las quiero!
Al desconocido trovador sabré descubrir...
(se oye fuera de escena una
guitarra y la
voz de Bug
Jargal que canta sus sentimientos)
¿Qué es ese sonido? ¡Qué extraña melodía!...
BUG JARGAL
¿Por qué huyes de mi, bella mujer?
¡Te amo, ven a mí!
Esperanza, tú eres la estrella de un esclavo,
¡de un rey!
Sé sufrir y cantar.
Me muero por ti de amor.
Mujer no me desprecies,
unamos nuestros corazones.
¡Sí! Tu voz desciende
del canto de los ángeles,
y
en tus ojos resplandece
la castidad del cielo.
MARÍA
Qué tristeza oculta
el melancólico trovador,
y
a su canto responde,
cual eco piadoso, mi corazón.
BUG JARGAL
¡Ámame! Mi deseo de venganza ,
por ti sabré olvidar.
También la gloria que me espera,
sabré olvidar.
Bajo este cielo me sonríe
la estrella de la libertad.
Pero triste ella me separa
de la felicidad...
¡Sí! Y si la estrella no me ama,
ya no sueña mi corazón.
En vano, en vano me llama
la voz del honor.
MARÍA
¡Ah! Esa canción suena
como una oración más dulce que un deseo.
Es un alma que espera la emoción
del amor y de los suspiros.
¡Ah, sí!
BUG JARGAL
Y si la estrella no me ama,
ya no sueña mi corazón.
En vano, vano me llama
la voz del honor.
¡Ah! ¡Ven!
|
ATO II
Cena I
(A cena representa um lado da casa de Antonio
D'Averney, cuja frente dá para o campo. No
primeiro plano está a janela do quarto de Maria.
É noite. Irma entra pensativa)
IRMA
A natureza adormece,
adormece até mesmo o universo,
desde a pequenina flor à estrela mais distante
Tudo me parece mais triste do que nunca.
O melancólico canto do escravo perde-se
pelos amplos vales.
E os ventos primaveris, nos ramos das árvores,
falam de amor
enquanto as rosas se beijam.
Tudo é silêncio, quietude...
Só eu, talvez, não tenha paz.
Não existe quem me consola.
Não existe quem traga alegria, amor a este
coração.
Não me ama, não me ama!
E somente para vê-lo, venho a este lugar
onde mora aquela pálida mulher
que o tirou de mim.
Ele virá aqui, me diz o coração.
Ah!Se fosse fiel e retornasse ao primeiro amor.
Um dia pareceu-me
menos pesada a corrente.
E o céu brilhou
de luz mais serena.
Não me enganava, naquele dia,
quando mi amava,
naquele dia, amava.
Mas chorei no dia
em que
ele, injustamente, esqueceu
o nosso amor
ele, injustamente, esqueceu
o nosso amor
E desde aquele dia o meu coração
se tornou árido, gélido.
Perdia com o amor
o tão... desejado céu...
Um dia... me pareceu...
menos pesada a corrente.
E o céu brilhou
com luz mais serena.
Cena II
LEOPOLDO
É, talvez este, o céu que ela me leva.
Enquanto o escravo dorme, tu vagueias,
sozinha e
pensativa.
E por que?
IRMA
O calor da minha humilde
cabana me expulsou.
LEOPOLDO
Não terá sido o desejo... de ouvir
o canto de um trovador noturno e tristonho?
Desconhecido para mim, mas não para ti...
IRMA
Não estou entendendo.
LEOPOLDO
E no dia do meu casamento,
eu quero que ao chão, em pedaços, caiam
as tuas correntes de servidão.
Revela-me o nome dele...
O nome, revela!
Ah, tu não queres denunciá-lo,.
Porém,em vão.Escondê-lo de mim é em vão,
Cairá em minhas mãos.
Nem tu poderás arrancá-lo
Cairá em minhas mãos.
Nem tu poderás arrancá-lo
Nem tu poderás arrancá-lo.
IRMA
O nome dele... eu sei.
Mas o coração se nega a denunciá-lo.
Porque ainda o quer bem
LEOPOLDO
O nome dele significa a liberdade
IRMA
Ah! É em vão, a liberdade
que os teus lábios sugerem
Mulher que não tem um amor, nem flores,
despreza
sempre a vida.
Qual é o nome do cantor desconhecido...
Se me pedes, eu digo: - É amor.
LEOPOLDO
E no dia do meu casamento,
eu quero que ao chão, em pedaços, caiam
as tuas correntes de servidão
IRMA
Ah! É em vão, a Liberdade
que os teus lábios
sugerem
Mulher que não tem um amor, nem flores,
Despreza
sempre a vida.
LEOPOLDO
Revela-me o nome,
Revela-me o nome dele.
Terás a liberdade!
Sim, no dia do meu casamento,
eu quero que ao chão,
caiam as tuas correntes
IRMA
O seu nome...
Em vão, em vão
Em vão, em vão
O seu nome
É amor
LEOPOLDO
O nome!...
O nome dele...
Revela-me
(Irma foge)
Cena III
LEOPOLDO
E eu, terei um escravo como rival!
Ah! Não!
Mas quem é este... que olha tão alto
e suspira pela mulher do meu coração?
Ele é um escravo? Um Rei?
Descobrirei o mistério e esse homem
inconveniente à minha mulher...
O desconhecido cantor destruidor de flores...
Punido... saberei afastá-lo.
Maria! não quero que uma única nuvem perturbe
o
céu do nosso amor
Nem mesmo que uma flor, por mãos estranhas,
encoste no teu véu!
Sim, tenho ciúme
do teu sorriso.
Meus pensamentos vão a mil...
Tremo ao brilho das tuas pupilas
e ao teu olhar altivo...
Tudo sorri à tua voz e,
a fé nasce no peito,
a esperança retorna ao coração.
Ao coração retorna como o arco íris.
Maria, és minha.
E, feliz me convidas ao altar.
Lá, no altar.
Logo, teremos nossos corações unidos.
Os nossos corações serão unidos para amar...
Cena IV
BUG JARGAL
(interno.)
Por que foges de mim, ó bela?
Eu te amo. Vem a mim.
LEOPOLDO
O cantor desconhecido...
BUG JARGAL
(interno.)
Esperança, tu és a estrela
de um escravo Rei.
LEOPOLDO
Ah!, a vingança agora me sorri.
Ah!, a vingança agora me sorri,
agora me sorri
BUG JARGAL
(interno.)
Sei sofrer, cantar.
Sei morrer por ti de amor...
Senhora, não me desprezes.
Juntemos os nossos corações.
Sim! A tua voz vem
do canto dos anjos.
No teu olhar resplandece
a castidade do céu...
(Bug Jargal entra em cena, surpreende-se ao ver Leopoldo)
LEOPOLDO
Vem!
Ah! A vingança me sorri.
Vem!
O que!
BUG JARGAL
Leopoldo!
LEOPOLDO
Gentil cantor, espera...
Espera. Onde vais?
Espera. Onde vais?
Quero saber.
BUG JARGAL
Os meus segredos, não vou dizer a ninguém.
LEOPOLDO
Eu quero saber!... eu quero!
Tu és meu escravo...
Não sabes?
BUG JARGAL
Escravo, eu? Ah, pois sim!
Vai embora!...
ou te farei arrepender-se.
O que fiz para me
insultares injustamente?
Fica longe! Não me provoques...
Não tentes descobrir o meu segredo...
LEOPOLDO
Ah... Gentil cantor,
Queres romper os teus grilhões.
O chicote não será o castigo
suficiente para tanta audácia...
BUG JARGAL
Não me provoques.
LEOPOLDO
Não esqueças que Maria
despreza as tuas flores
e despreza os trovadores.
BUG JARGAL
Não me provoques!... Vai embora...
Vai! Vai!
LEOPOLDO
Não esqueças, se for possível...
BUG JARGAL
Ah! No peito vibram flechadas
com veneno da tua boca.
Não vales mais que um escravo,
não vales mais que um escravo.
A tua vingança é covarde.
Vil!
LEOPOLDO
Eu, vil!... Vil, a te!...
(tenta bater em Bug Jargal, que pega seu
punhal e
avança para Leopoldo. Com o barulho da
luta,
Maria despertar e aparece à janela vendo a
cena,
grita por socorro.)
BUG JARGAL
Morrerás
MARIA
Socorro! Não! Piedade!
BUG JARGAL
Um grito.
Maria. Maria
A vida te perdoa...
Um anjo te salvou.
Não quero te matar,
porque ela choraria
Cena V
(entra Antonio acompanhado
por criados, com
archotes)
CORO
Ouvimos gritos.
Qual é a razão?
Ouvimos gritos.
Qual é a razão?
ANTONIO
Leopoldo aqui?
CORO
O escravo audacioso
ANTONIO
O que está acontecendo?
O que está acontecendo? Fala!
CORO
Fala! Fala! Fala!
LEOPOLDO
Escapei, por um milagre,
do escravo que vês...
O que fez, pergunte a ele...
Fala, trovador. Vamos!
ANTONIO
Ele se cala... Está perturbado.
Leopoldo, narra tu... Ó céus!
LEOPOLDO
Ele tentou me matar.
MARIA, CORO
Ó céus!
ANTONIO
Horror!
LEOPOLDO
Não é verdade?
CORO
Ó céus!
Ó céus!
Horror!
Horror!
BUG JARGAL
È verdade. É verdade.
Mas me ofendeu gravemente
ANTONIO
Prendam-no!
CORO
Louco, insano!
A morte será uma pena justa para a tua culpa.
ANTONIO
O seu destino já decidi.
BUG JARGAL
Prendam-me... Venham, malditos!
Mas não sou culpado.
Mas não sou culpado.
Mil vozes me condenem,
porém este coração não treme.
Eu a vida lhe dei,
porém ao carrasco ele me entrega.
Mas pelo anjo que suplicava,
um escravo morre feliz.
(Os homens prendem Bug Jargal)
CORO
Louco!
Insano!
Morte ao insano!
LEOPOLDO
Ele me deu a vida.
E, eu ao carrasco o entrego.
A condenação, já determinei.
O infeliz deve morrer.
ANTONIO
A condenação seja digna,
da ofensa absurda
O louco assassino ousava
levantar o punhal
MARIA
Perdoa o infeliz!
ANTONIO
O louco audacioso...
MARIA
A ira o fez cego,
sim,
cego pela ira.
Que a minha voz dê um eco de piedade
nos vossos corações.
BUG JARGAL
Eu a vida lhe dei,
porém ao carrasco me entrego.
Mas, pelo anjo que suplicava,
um escravo morre feliz.
LEOPOLDO
Sim! Fui mesquinho!
Mas ele ousava
ser um rival.
CORO
O louco audacioso, o punhal levantou.
MARIA
Sim, somente o Senhor
pode ser o juiz de um ultraje tão grav e.
Sim, somente o Senhor
pode ser o juiz de um ultraje tão grave
Sim, somente o Senhor
pode ser o juiz de um ultraje tão grave
Sim, somente o Senhor
pode ser o juiz de um ultraje tão grave
Perdoa o infeliz!
A ira o fez cego, sim, cego pela ira.
Perdão.
Que a minha voz dê um eco de piedade
nos vossos
corações.
Dê piedade nos vossos corações.
BUG JARGAL
Prendam-me. Venham, malditos!
Mas não sou culpado.
Mil vozes me condenem,
porém este coração não treme
LEOPOLDO
Apesar do bem recebido,
devo punir tal afronta.
Apesar do bem recebido,
devo punir tal afronta.
Vou punir, punir, vou punir
mas o ultraje vou punir
ANTONIO
A condenação está declarada.
O infeliz deve morrer. Sim!
CORO
Louco! Insano!
Para tal culpa, a pena justa será a morte!
A pena justa será a morte!
Justa morte!
A pena justa será a morte!
A pena justa será a morte!
Será morte, morte será.
Louco! Insano!
Para tal culpa, a pena justa será a morte!
A pena justa será a morte!
Se para tal culpa, será justa a pena.
Sim, a morte será justa.
ANTONIO
A vós o confio.
Ai de vós! Se foge!
Se ele foge...
Vamos...
Sim, vamos!
A condenação é justa
Ele deve morrer
CORO
Sim! Para tal culpa,
será justa a pena.
A morte será.
|
ACTO II
Escena I
(La escena representa un costado de la casa de
Antonio D'Averney, en cuyo frente se encuentra
la ventana de la habitación de María. Es de
noche.
Irma llega pensativa)
IRMA
La naturaleza duerme,
se adormece incluso el universo.
Desde la flor más humilde hasta la lejana estrella,
todo parece más triste que nunca.
El melancólico canto del esclavo
se pierde por los amplios valles.
Entre las ramas de los robles
los vientos de la primavera hablan de amor
mientras se besan, entre si, las rosas.
Todo es silencio y quietud...
Sólo yo, tal vez, no tengo paz.
No hay nadie que me conforte.
Hay quien pueda traer la alegría,
y el amor a este corazón.
¡Pero él no me ama! ¡Él no me ama!
Sólo para verlo vine a este lugar
donde vive esa mujer blanca
que me lo quita.
Él vendrá aquí, me lo dice el corazón.
¡Ah!, si fiel regresara a nuestro primer amor,
me parecerían
menos pesadas mis cadenas
y el cielo
me iluminaría con luz más serena.
No me engañé aquel día;
él me amaba y yo lo amé.
Pero lloré al otro día cuando,
injustamente, ese hombre
cubrió de inmediato,
con el olvido, mi amor.
Desde ese día mi corazón
se volvió árido y desolado.
Perdí junto con el amor
el anhelado... el deseado cielo...
Un día... me parecieron...
menos pesadas mis cadenas
y el cielo brillaba para mí
con una luz más serena.
Escena II
LEOPOLDO
Tal vez el cielo me envía a esta mujer.
Mientras los esclavos duermen
tú caminas sola y pensativa.
¿Por qué?
IRMA
El calor de mi humilde cabaña,
me condujo hasta aquí.
LEOPOLDO
¿No te trajo aquí el deseo... de oír
el canto de un nocturno y triste trovador?
¡Desconocido para mí, pero no para ti!
IRMA
No comprendo...
LEOPOLDO
En el día de mi boda
mi deseo es que caigan rotas al suelo
tus cadenas de esclava.
¡Revélame su nombre!...
¡Su nombre!
¡Ah! No quieres traicionarlo,
pero en vano, en vano me lo ocultas.
¡Caerá en mis manos,
no podrás salvarlo!
¡Caerá en mis manos,
no podrás salvarlo.
no podrás salvarlo!
IRMA
Su nombre conozco...
Pero mi corazón se niega a traicionarlo
porque aún lo ama.
LEOPOLDO
Su nombre significa tu libertad.
IRMA
¡Ah! En vano, señor mío,
tus labios invocan la libertad.
Una mujer que no tiene amor, ni recibe flores,
desprecia también la vida.
Si me preguntas cuál es el nombre del cantor
desconocido
te lo diré: su nombre es Amor.
LEOPOLDO
En el día de mi boda
mi deseo es que caigan rotas al suelo
tus cadenas de esclava.
IRMA
¡Ah! En vano, señor mío,
tus labios invocan la libertad.
Una mujer que no tiene amor, ni recibe flores,
desprecia también la vida.
LEOPOLDO
¡Revélame el nombre!
¡Revélame su nombre
y obtendrás la libertad!
Sí, el día de mi boda,
mi deseo es que tus cadenas
caigan rotas al suelo.
IRMA
¿Su nombre?...
En vano, en vano,
en vano, en vano me lo pides
¡su nombre
es Amor!
LEOPOLDO
¡El nombre!...
¡Su nombre!...
¡Revélamelo!
(Irma huye)
Escena III
LEOPOLDO
¿Voy a tener a un esclavo como rival?
¡Ah! ¡No!
Pero, ¿quién es él...
que tanto aspira,
y por la mujer de mi corazón suspira?
¿Es un esclavo?
¿Se trata de un rey?
El misterio descubriré
y también al indiscreto galán de mi prometida.
El extraño cantor, destructor de flores.
¡Lo castigaré!... ¡Sabré alejarlo de María!
No quiero que una sola nube turbe
el cielo de nuestro amor,
ni que una mano deshoje
sobre tu velo una sola flor, una sola flor...
¡Sí! Una sola sonrisa, un sólo pensamiento me pone celoso.
Me estremezco ante el fulgor de sus pupilas...
y de su mirada altanera,
pero frente a tu voz todo sonríe
y la confianza nace en el pecho,
y la esperanza regresa al corazón,
¡regresa como un arco iris!
María eres mía y feliz me invitas al altar.
Muy
pronto nuestros corazones estarán unidos
¡unidos por el amor!
Escena IV
BUG JARGAL (fuera de escena)
¿Por qué me rehúyes, bella mujer?
¡Te amo, ven a mí!
LEOPOLDO
¡El cantante desconocido!
BUG JARGAL
(fuera de escena)
Esperanza tú eres la estrella de un rey esclavo.
LEOPOLDO
¡Ah, la venganza ahora me sonríe!...
¡Ah, la venganza ahora me sonríe!
¡Sí, me sonríe!
BUG JARGAL
(fuera de escena)
Sé sufrir y cantar;
sé morir de amor por ti.
Mujer, no me desprecies,
unamos nuestros corazones.
¡Sí! Tu voz desciende
del canto de los ángeles,
y
en tus ojos resplandece
la castidad del cielo
(Bug Jargal entra en escena y se
sorprende al ver a Leopoldo)
LEOPOLDO
¡Ven!
¡Ah, la venganza me sonríe!...
¡Ven!
¡Ven!
BUG JARGAL
¡Leopoldo!
LEOPOLDO
Gentil cantor, detente...
¿A dónde vas?
Detente...¿A dónde vas?...
¡Detente te lo ordeno!
BUG JARGAL
Mi secreto a nadie quiero revelar...
LEOPOLDO
¡Te lo ordeno! ¡Así lo quiero!
Eres mi esclavo...
¿No lo sabes?
BUG JARGAL
¿Yo, esclavo?
¡Vete!
¡Desaparece o te arrepentirás!
Que he hecho para merecer
de tus labios tan injusta ofensa.
¡Aléjate de aquí! ¡No me tientes!
¡No intentes descubrir mi secreto!
LEOPOLDO
¡Ja! ¡Ja!
Gentil cantor ¿quieres romper tus cadenas?
El látigo no será castigo suficiente
para tanta audacia.
BUG JARGAL
¡No me provoques!
LEOPOLDO
No te olvides que María
desprecia tus flores
y a los trovadores
BUG JARGAL
¡No me provoques!... ¡Aléjate!...
¡Vete! ¡Vete!
LEOPOLDO
No lo olvides...
BUG JARGAL
¡Ah! En mi pecho vibran dardos
con el veneno de tus labios.
No vales más que un esclavo.
No vales más que un esclavo.
Tu venganza es una vileza
¡Una vileza!
LEOPOLDO
¿Yo, vil?... ¡Tú sí que lo eres!...
(intenta golpear a Bug Jargal, que se defiende
con su puñal. Al rumor de la lucha, María se
despierta, se asoma al ventana y grita pidiendo
socorro)
BUG JARGAL
¡Morirás!
MARÍA
¡Socorro! ¡No! ¡Piedad!
BUG JARGAL
¡Un grito!
¡María! ¡María!
Por ella te perdono la vida...
Un ángel te ha salvado...
No quiero matarte
pues ella lloraría,
Escena V
(Antonio llega acompañado por
criados,
que portan antorchas.
CORO
¿Qué son esos gritos?
¿Cuál es la causa?
Escuchamos gritos,
¿cuál es la causa?
ANTONIO
¡Leopoldo!
CORO
El esclavo osado.
ANTONIO
¿Qué ha pasado?
¿Qué ha sucedido? ¡Explícate!
CORO
¡Dinos! ¡Dinos! ¡Dinos!
LEOPOLDO
Del ataque del esclavo que aquí veis
escapé por milagro.
¿Que es lo que yo hice?... Preguntadle a él.
¡Trovador, ven ahora y habla!
ANTONIO
Él no dice nada... Está turbado
Leopoldo, dínoslo tú... ¡Oh, cielos!
LEOPOLDO
Intentó matarme.
MARÍA, CORO
¡Oh, cielos!
ANTONIO
¡Qué horror!
LEOPOLDO
¿No es verdad?
CORO
¡Oh, cielos!
¡Oh, cielos!
¡Qué horror!
¡Qué horror!
BUG JARGAL
¡Es cierto! ¡Es cierto!
Pero una grave ofensa me llevó a hacerlo.
ANTONIO
¡Arréstadlo!
CORO
¡Loco, insensato,
por esa falta, justa pena será la muerte!
ANTONIO
Tu destino ya estaba sentenciado por el destino.
BUG JARGAL
¡Arrestadme... crueles!
Pero no soy culpable
¡No soy culpable!
Mil voces me condenan
pero no tiembla mi corazón.
Yo, la vida os entrego,
y al verdugo me confío,
pero por ese ángel que lloraba
un esclavo muere feliz.
(Los hombres prenden a Bug Jargal)
CORO
¡Loco! ¡Loco!
¡Demente!
¡Muerte al demente!
LEOPOLDO
Él me ha perdonado la vida,
y yo al verdugo lo envío.
La condena ya he fijado:
¡el infeliz debe morir!
ANTONIO
¡Que la condena sea acorde
a su crimen inaudito!
Sobre tu pecho ese loco
osó levantar el arma homicida.
MARÍA
¡Perdona al miserable!
ANTONIO
Ese insensato osó...
MARÍA
Él, por la ira se cegó.
Sí, por la ira se cegó.
Que mi voz aporte un eco de piedad
en vuestros corazones.
BUG JARGAL
Yo la vida le perdoné
y al verdugo me entrega,
pero por el ángel que por mí implora
este esclavo muere feliz.
LEOPOLDO
Sí, yo fui vil,
pero él se atrevió
a rivalizar conmigo.
CORO
¡El insensato se atrevió a alzar el puñal!
MARÍA
Sí, sólo el Señor
puede ser juez de un ultraje tan grave.
Sí, sólo el Señor
puede ser juez de un ultraje tan grave.
Sí, sí, sólo el Señor
puede ser juez de un ultraje tan grave.
¡Sí, solamente el Señor!
Sí, sólo el Señor
puede ser juez de un ultraje tan grave.
Perdona al desgraciado que por la ira se cegó.
¡Perdónalo!
Que mi voz despierte un eco de piedad
en vuestros corazones.
¡Que despierte
la piedad en vuestros corazones!
BUG JARGAL
¡Adelante, arrestadme, crueles!
No soy culpable.
Miles voces me condenan
pero mi corazón no tiene temor.
LEOPOLDO
Al bien que él me hizo le devuelvo el mal,
pero su ultraje quiero castigar.
Al bien que él me hizo le devuelvo el mal,
pero su ultraje quiero castigar.
Quiero castigar, castigar, quiero castigar.
¡Su ultraje quiero castigar!
ANTONIO
La condena ya he señalado
el infeliz debe, si, debe morir.
CORO
¡Demente! ¡Insano!
¡Ante tan grave falta justo castigo es la muerte!
¡Justo castigo será,
justa será la muerte!
¡Justo castigo será,
justo castigo será,
la muerte, justa será!
Para la culpa del insano demente,
justa pena será la muerte.
¡Justa pena será!
¡Ante tal culpa será una justa pena
sí, justa pena será la muerte!
ANTONIO
A vosotros lo confío.
¡Ay de vosotros si huye!
Si escapa, ¡pobres de vosotros!
Vamos...
Sí, vamos.
Que la sentencia sea ejemplar.
Él debe, sí, él debe morir.
CORO
¡Sí! Por tal delito
justo castigo
la muerte será.
|
ATO III
(Uma prisão no Forte Galifet, com grande janela
gradeada. Bug Jargal está adormecido e preso com
correntes nos pés.
A orquestra num prelúdio tenta descrever
os sonhos que perturbam o espírito de Bug Jargal.
São pensamentos melancólicos, de desgostos, amor
e ódio)
BUG JARGAL
Ó, pátria! Ó, minha terra!
Pobre de mim, foi só um sonho...
Ó, minhas florestas, adeus...
Onde reina o Leão
e queima alto o sol,
queima com raios de ouro...
Pobre de mim! A vós não retorno mais.
O escravo morre...
No Congo, nasci Rei poderoso.
Trouxeram-me escravo aprisionado.
A horda cruel inimiga, invadiu
a minha terra fiel. Ah!Eu, tolo, esperava retornar
ao solo encantado da terra nativa...
Saudar de novo, tuas florestas,
tuas cabanas, o celeste céu!
Cara pátria, te perdi,
e nunca mais te verei.
O meu destino está resolvido.
A desgraça me beijou!
Sim, me beijou.
No Congo, nasci Rei poderoso.
Trouxeram-me escravo aprisionado.
A horda cruel inimiga, invadiu
a minha terra fiel. Ah!
Para ti o meu último pensamento,
o último suspiro...
do teu Rei,
do teu guerreiro...
Condenado a morrer aqui.
Monólogo
Morrer, um vez que Maria dará
seu coração a outro.
Os seus encantos... os beijos...
Morrer, quando o irmão geme
escravizado em solo estranho...
Morrer, morrer...
Morrer, agora que o coração tinha esperanças e,
queria libertar os irmãos...
Não é a morte que meu coração teme
Mas, sim, a dor dos irmãos e dos amigos.
(Bug Jargal ouve um assovio interno-. corre para
o fundo e retorna.
Uma folha de banana, com
desenhos cabalisticos
cai e é vista por ele observa
com alegria, lendo
os sinais)
Ah, sim!
Se posso ter esperanças que,
enfim, o meu anjo adorado
não amava outros
Enfim, estou salvo... Estou salvo...
e o Leão acorrentado, ainda, é livre!
Cena II
IRMA
Vamos! Acorda.
O tempo corre.
A sentinela dorme, podemos fugir.
BUG JARGAL
Não quero fugir. Desprezo a vida.
Deixa que os bárbaros
Deixa que os bárbaros possam se divertir.
Mas, tu pensastes em me salvar.
Teus o piedoso agradecimento do meu coração
IRMA
Não quero agradecimentos.
Coragem, foge! Foge comigo.
Vem, fujamos!
Ó, Bug Jargal,
eu ainda quero o teu amor!
BUG JARGAL
Não me peças! Ah! Cala-te
Não prossigas... Cala-te!
IRMA
Te amo, te amo ainda, fujamos.
Te suplico, fujamos.
A paz retornará ao triste
coração
entre o sorriso do teu céu!
Tem piedade de um coração que geme na dor.
Que
te apiede a alma, o meu amor imenso.
Eu odeio a pálida Maria, que me roubou a fé.
Eu a quero morta se não me retornares
BUG JARGAL
Ai de ti! Se uma única dor
lhe causares.
Entre as punições mais atrozes...
morrerás pelas minhas mãos
Vê! Os meus grilhões, os quebro.
E agora... poderei fugir,
e no entanto a alma é doce de amor,
De amor por ela... morreria
IRMA
Ah! Tu a amas tanto? Tanto assim?!
BUG JARGAL
A amo, sim, a amo,
como o Leão a sua companheira,
e a tigresa dá tanto
amor aos filhotes...
Como o anjo que adora
os campos, o sol, a flor.
A morte para mim não importa
desde que Maria
me dirija um sorriso piedoso.
Morrer assim é um sonho,
um paraíso, é volúpia.
A amo, e a sua voz me deteve,
quando eu estava para ferir o rival
A um grito seu,
esqueci a vingança e o meu martírio!
IRMA
Mas, eu te amo, tanto... tanto.
Ela não te ama. Sabes.
Vem!
Eu esqueço tudo.
Foge comigo!
BUG JARGAL
Fugir da morte...
não sou covarde!
Eu a amo.
IRMA
Ah, desumano! Desumano!
BUG JARGAL
...como o Leão a sua companheira
Vai!
Vil, não sou... Vil não sou!
Vai!
IRMA
Foge comigo,
foge comigo.
Coragem! Vem!
Sim, vem, fujamos!
Vem!
Vem! Vem!
BUG JARGAL
Vai! Vai!
Cena III
(Ouvem-se ruídos fora.
O Forte está em chamas)
BUG JARGAL
A revolta explode
IRMA
Fogo e morte se casaram.
Entre as batidas do coração
esqueceste o ódio que
os teus irmãos agitavam no peito!
A conspiração... os nossos juramentos...
BUG JARGAL
Vai embora!
(entram os escravos revoltosos armados)
CORO
Ah!
Ah! Tudo é incêndio
Ah! E ruínas.
Tudo é incêndio, ruínas.
Sobre os morte se caminha.
O patrão não existe mais!
O patrão não existe mais!
Não existe! O patrão não existe mais!
Não existe!
O patrão não existe mais!
O patrão não existe mais!
Ah!
Ah! Morte ao branco, morte!
Bug Jargal é nosso Rei!
Bug Jargal é o Rei!
Rei!
Tudo é incêndio,
tudo é incêndio, ruínas.
E o patrão não existe mais.
Não existe!
E o patrão não existe mais.
E o patrão não existe mais.
Não existe!
Sim. Morte ao branco, morte!
Morte ao branco!
Morte!
Morte ao branco!
Morte ao branco!
BUG JARGAL
E a Maria, o que aconteceu?
CORO
Entre as chamas do castelo,
das ruínas do castelo....
BUG JARGAL
Ah, Saberei salvá-la.
IRMA
Não. Jamais. jamais!
CORO
Voltemos ao saque...
Voltemos ao saque...
Voltemos!
Voltemos ao saque...
Voltemos ao saque...
CORO
Terrível vingança se faça.
Prostrem-se na poeira.
Sim, na poeira!
E Bug Jargal é nosso Rei!
Liberdade nos espera.
Bug Jargal é o nosso Rei!
A nós sorri serenamente o céu.
Somos livres como os anjos.
A liberdade nos espera
Livres como anjos.
Partamos!
|
ACTO III
(Prisión del fuerte Galifet con una
gran ventana con barrotes.
Bug Jargal está dormido y sus pies
atados con cadenas.
El preludio orquestal procura describir los
sueños que perturban el espíritu de
Bug.
Son pensamientos melancólicos de dolor,
de
amor y de odio)
BUG JARGAL
¡Oh, patria! ¡Oh, tierra mía!
¡Ay de mí! No fue un sueño...
¡Oh, bosques
donde reina el León, adiós!
¡En lo alto el sol
lanza sus dardos de oro!
¡Ay de mí! Nunca regresaré junto a vosotros.
¡El esclavo muere!...
Nací en el Congo, hijo de un rey poderoso,
aquí me trajeron como esclavo encadenado.
Las crueles hordas enemigas
irrumpieron en mi noble tierra ¡Ah!
¡Loco esperaba regresar
a mi deseada tierra natal,
a sus bosques nativos,
y
volver a ver las chozas y el límpido cielo!
¡Querida patria, te he perdido,
nunca te volveré a ver!
Mi destino está determinado.
La desventura me besó...
¡Sí! Ella me ha besado...
Nací en el Congo, hijo de un rey poderoso,
aquí me trajeron como esclavo encadenado.
Las crueles hordas enemiga
irrumpieron en mi noble tierra.
Para ti es mi último pensamiento,
para ti mi último suspiro...
de tu rey, de tu guerrero...
Condenado a morir...
Monólogo
Morir, mientras María
a otro da su corazón,
sus anhelos y besos...
Morir, mientras mis hermanos gimen
encadenados en suelo extraño...
¡Morir!... ¡Morir!...
Morir, ahora que mi corazón tenía
la
esperanza de liberar a mis hermanos.
No es la muerte lo que asusta a mi corazón,
sino el dolor de mis hermanos y mis amigos...
(Bug Jargal oye caer algo a través de la reja.
Corre hacia el fondo y regresa con una hoja
de platanera con dibujos
cabalísticos.
Con
alegría,
lee los signos.)
¡Ah! ¡Sí!
¡Sí, tengo la esperanza que
finalmente mi ángel adorado a otro
no le ha jurado su amor!...
¡Estoy salvado! ¡Estoy... salvado!...
¡El León encadenado aún es libre!
Escena II
IRMA
¡Vamos! ¡Despierta!
¡El tiempo apremia!
¡Los centinelas duermen, podemos escapar!
BUG JARGAL
No voy a huir. Desprecio la vida.
Deja que los bárbaros se diviertan,
pero tú, que piensas en mi salvación,
recibe una piadosa bendición de mi corazón
agradecido.
IRMA
No quiero agradecimientos.
¡Vamos, huye! ¡Huye conmigo!
¡Ven, huyamos!
¡Oh, Bug Jargal,
aún deseo tu amor!...
BUG JARGAL
¡No me lo pidas! ¡Ah, cállate!
¡No sigas! ¡Ah! ¡Cállate!
IRMA
Te quiero, aún te amo, huyamos.
¡Vamos,
huyamos!
La esperanza nos sonríe,
la paz retornará a tu triste corazón.
Ten piedad de un corazón que gime de dolor,
que tu alma se apiade de mi inmenso amor.
Odio a la blanca María que me robó tu amor,
la quiero ver muerta si no regresas conmigo.
BUG JARGAL
¡Ay de ti si,
en tu locura,
un solo dolor le causas,
pues
entonces, entre las más atroces torturas,
por mi mano morirás!
¡Mira como rompo mis cepos!...
Y ahora... puedo huir,
sin embargo mi alma enamorada... quiere morir.
IRMA
¡Ah! ¿Tanto la amas?
BUG JARGAL
¡La amo, sí, la amo!
Ni el león a su compañera,
ni a sus hijos la tigresa,
le tienen tanto amor.
La amo como el ángel adora a Dios,
o
como la flor del campo al sol.
Para mí, la muerte no importa,
desde que recibí
una sonrisa
piadosa de María.
Morir así es un sueño,
un paraíso, una voluptuosidad...
La amo y su voz fue la que me contuvo
cuando a mi rival estaba por matar...
¡Al oír su grito olvidé
la venganza y mi dolor!...
IRMA
Pero yo también... te amo...
¡Ella no te ama, tú bien lo sabes!
¡Ven!
Todo lo olvido...
¡Huye conmigo!...
BUG JARGAL
¿Huir ante la muerte?...
¡No soy un cobarde!
La amo...
IRMA
¡Ah! ¡Inhumano! ¡Inhumano!
BUG JARGAL
... como el león a su compañera.
¡Vete!
No soy un cobarde...
¡Vete!
IRMA
¡Huye conmigo!
¡Huye conmigo!
¡Vamos, vamos!
Sí, ven, tenemos que huir! ¡Ven!
¡Ven! ¡Ven!
BUG JARGAL
¡Vete! ¡Vete!
Escena III
(Se oyen
gritos desde el exterior.
El fuerte se incendia)
BUG JARGAL
¿Estalló la sublevación?...
IRMA
Incendios y muerte se han unido
a los latidos de mi corazón;
¿Olvidaste la ira que tus hermanos de raza
alimentan en su pecho.?
La conspiración... nuestros juramentos
BUG JARGAL
Pues entonces, ¡vamos!
(entran los esclavos sublevados
armados)
CORO
¡Ah!
¡Ah, todo está en llamas!
¡Ah, todo está en ruinas!
Todo es fuego y ruina.
Sobre los muertos se camina.
¡Ya no hay patrón!
¡Ya no hay patrón!
¡Ya no tenemos un amo!
¡No lo hay!
Ya no hay patrón, no hay.
Amo ya no hay...
¡Ah!
¡Ah! ¡Muerte a los blancos, muerte!
¡Bug Jargal es nuestro rey!
¡Bug Jargal es el rey!
¡Rey!
Todo está en llamas.
Todo es fuego y ruina.
¡Y ya no existe un amo!
¡No hay!
¡Y ya no existe el amo!
¡Y ya no existe el patrón!
¡No lo hay!
¡Sí, muerte a los hombres blancos!
¡Muerte a los blancos!
¡Muerte!
¡Muerte a los blancos!
¡Muerte a los blancos!
BUG JARGAL
¿Y
María? ¿Qué le ha sucedido?
CORO
Quedó entre las llamas del castillo...
Entre las ruinas del castillo...
BUG JARGAL
¡Ah, yo sabré salvarla!
IRMA
¡No, jamás!
CORO
¡Volvamos a la rapiña!
¡Volvamos al saqueo!
¡Vamos!
¡Volvamos a la rapiña!
¡Volvamos al saqueo!
CORO
¡Tomaremos una terrible venganza
los que estuvimos postrados en el polvo!
¡Sí, en el polvo!
¡Y Bug Jargal es nuestro Rey!
¡La libertad nos espera!
¡Bug Jargal es nuestro Rey!
¡El cielo nos sonríe!
¡Somos libres como los ángeles!
¡La libertad nos aguarda!
¡Somos libres como los ángeles!
¡Adelante!
|
ATO IV
(Uma grande campina. Ao fundo, riachos, árvores,
palmeiras etc. Sobre a cena uma maloca com
barracas de
palha e, à direita, a tenda de Biassú)
Primer Quadro
Cena I
BIASSÚ
O branco está no tronco...
CORO
O branco está no tronco
BIASSÚ
O opressor foi vencido
CORO
O opressor foi vencido
BIASSÚ
Morram para nós os canalhas!
Morram para nós os canalhas!
Que seja o menosprezo, o nosso fúnebre canto.
Um canto de zombaria para quem morre.
CORO
O sangue se agita!
BIASSÚ
Trucidar, ainda! Trucidar!
CORO
Trucidamos ainda!
BIASSÚ
Como um vórtice que estraçalha a natureza,
com ira violenta, destruíram o opressor.
A infame corrente se rompeu, se partiu.
O esquecimento encontro no sangue os castigos
Dancem, dancem!
Que o branco tremeu!
Que o branco caiu!
Cena II
Bailados
Cena III
BIASSÚ
Tragam-me o prisioneiro!
(entra Leopoldo com as mãos
amarradas,
escoltado por soldados
de Biassú.)
Então?! A prisão te entediou?
Diz!
O que vistes?...
LEOPOLDO
Palmeiras de copas altas,nas quais...
todos vocês balançarão pendurados
BIASSÚ
Morte! A quem desafia o negro.
CORO
Morte! A quem desafia o negro.
Morte!
BIASSÚ
A morte! A morte! A morte!
Mata! Mata! Mata!
CORO
A quem o negro desafia!
BIASSÚ
A morte! A morte
Cena IV
(Entram as mulheres vestidas de gala,
que dançam ao redor
do prisioneiro)
Bailados
Cena V
(Ouvem-se ao longe, os trompetes que anunciam
a chegada
dos homens de Bug Jargal)
BIASSÚ
Avançam as hordas de Bug Jargal.
O Comandante! Fico feliz!
(Grande desfile. Os negros que precedem
Bug
Jargal entram trazendo os troféus da vitória.
Desfilam diante da tenda de Biassú. Vêm armados,
uns com espingardas, com arcos, flechas, zagaias,
claves, etc. Em suas cabeças trazem pendões
multicores. Baixam as
armas ao passar por Biassú.
No chapéu de Bug Jargal vê-se
uma grande pluma,
símbolo de supremo poder)
BUG JARGAL
Te peço uma graça.
BIASSÚ
Comandante, é uma verdadeira honra
Sempre pronto a
obedecer!
BUG JARGAL
(Apontando Leopoldo)
Que ele seja libertado!
BIASSÚ
O que?
Ele é meu prisioneiro de guerra.
Seu destino depende somente de mim.
BUG JARGAL
Eu sei bem disso.
Por isso, te peço.
BIASSÚ
(Aos seus soldados que avançam
para pegar
Leopoldo, sendo impedidos
por Bug Jargal)
Não posso.
Grave afronta me atingiu....
Mata-lo.
É o meu querer!
BUG JARGAL
Soltem o prisioneiro.
É Bug Jargalquem o quer!
(Bug Jargal toca com as mãos a pluma
branca e todos se inclinam
menos Irmã)
É o filho do Congo, o Rei!
LEOPOLDO
Salvo por ti.
Será uma mancha, uma desonra.
(Leopoldo é solto, pega um punhal da
cinta de Bug
Jargal e tenta matar-se
sendo impedido por ele.)
BUG JARGAL
Para! Que a morte te espera.
LEOPOLDO
Que seja!
Ao meu retorno...
Seja sagrado o dia que verei a vingança.
BIASSÚ
Por que o proteges?
O que te fez perder o ódio?
BUG JARGAL
Te opõe à minha vontade,
mas te perdôo.
Troco a cabeça do prisioneiro pela
pluma do Comandante.
Dou uma mensagem ao novo dia... Compreendes?!
(Bug Jargal dá a pluma para Biassú)
BIASSÚ
Oh! Que alegria!
BUG JARGAL
Retornem à alegria. Dancem!
Sim, dancem enquanto tramo a morte no peito...
Partamos!
(Bug Jargal parte com seus homens.
Irma permanece
desolada enquanto os outros cumprimentam Biassú
e recomeçam as danças)
Segundo Quadro
Cena I
(Floresta. ao fundo uma montanha.
Ao abrir o
pano, entra Bug Jargal que se
encontra com Maria
que o esperava ansiosa)
MARIA
Está salvo?
BUG JARGAL
Salvo
MARIA
Tu o salvastes,
mas não o devolvestes a mim.
Por que?
Devolve- me.
Devolve- me os seus beijos quentes.
Ao meu
amor, devolve a fé,
se realmente o salvastes. Se o salvastes.
Mas não o devolvestes a mim
Por que?
Ao meu amor, devolve a fé.
Mas tu empalideces!... Tremes,
empalideces. Sofres?
Fala!
BUG JARGAL
Não prossigas! Piedade do meu sofrer.
Não me amaldiçoes
pelo imenso afeto...
Esse escravo sofre porque sempre te amou
MARIA
Tu me amas.
Meu coração te considerava um irmão.
É inteiramente indefeso a ti.
Inteiramente indefeso.
Se o salvastes devolve-o para mim
Ao meu amor, devolve.
Se o salvastes devolve-o para mim
Ao meu amor, devolve.
BUG JARGAL
Esta imensa dor, me trucida o coração...
Não magoes quem tanto te adorava,
quem sempre jurou te dar a vida.
Tenha piedade de mim.
Eu, louco, um dia sonhei
em ter o paraíso
através da tua divina imagem
Tenha piedade de mim.
Eu, louco, um dia sonhei
em ter o paraíso
através da tua divina imagem
Que tu o amas... Por Deus! Cala-te!
Se uma dor te fala ao coração.
Não digas que teus beijos são para ele,
a quem tanto
odiei...
MARIA
Minha fé em ti retorna ao peito.
Mas se tu mi amas... aqui eu clamo...
Antes que a dor me mate,
antes que eu te deva suplicar.
Te comova o meu pranto!
Vai, irmão, não deixes passar o tempo...
Vai!
BUG JARGAL
Adeus, doce sonho!
MARIA
Irmão, não esperes mais.
BUG JARGAL
Ó, morte! Dá-me o teu esquecimento.
Porque esperar é em
vão.
MARIA
Ah! Te comova o meu pranto.
Irmão, sim! Aqui eu o clamo.
BUG JARGAL
Ó, morte! Dá-me o esquecimento.
Sim, dá-me o esquecimento!
MARIA
Não esperes mais!
BUG JARGAL
Adeus!
MARIA
Vai, irmão!
BUG JARGAL
Ó morte, dá-me o esquecimento
MARIA
Vai!
Segundo Quadro
Cena II
MARIA
A mim o trará
ou então o amor transformar-se-á em ódio
Ó, céus!
Inspire-o ou faça que o meu sofrimento
chegue ao fim.
Que, ao desejado êxtase do coração,
voltem as doçuras do amor.
Nos beijos do meu amado tudo esquecerei.
Somente os beijos dele, o meu anjo.
Quando ele está perto,
a vida é bela
A estrada é cheia de luz,
de alegria e flores.
E todo o universo sorri.
Todo, todo o universo.
Sim. Separados, jamais.
Preciso do seu amor
Preciso do seu amor
Sim, ao desejado êxtase do coração,
voltem as doçuras do amor.
Ó, céu piedoso. Devolve-me.
Dá paz ao coração que ama, descansa-o.
Ele foge...
O que vi no seu olhar... ira ou piedade?
A alma que sofre, que fala de ódio e amor, vencerá?
Vencerá a ira ou o amor?
(Maria abatida pela angústia está sentada em um
rochedo.
Leopoldo entra e fala para si mesmo.
Maria quando o vê,
levanta-se e atira-se nos braços
de seu amado)
LEOPOLDO
Bug Jargal jurou que eu a veria
na primeira savana.
Espero que tenha dito a verdade
E que eu reencontre logo o
anjo dos meus pensamentos.
Dos meus pensamentos...
Maria!
MARIA
Ah! Os deuses piedosos te retornam
ao coração que te ama, que te implora
afeto constante.
A alegria é a recompensa à bondosa
alma que se abriu.
LEOPOLDO
Ah! Choravas perdidamente.
Sorria. Dá-me novamente os teus beijos.
O fiel escravo trouxe a paz celestial
ao ansioso coração.
MARIA
Quanto sofri...
LEOPOLDO
Ah! Maria
MARIA
Quanto sofri... chorei
LEOPOLDO
Sim, sorria!
Devolve, devolve os teus beijos
E a ânsia do coração emudeceu
quem o céu me atendeu
MARIA
Quanto sofri... chorei, chorei
Mas agora que o deus piedoso a mim te envia.
Diz, como
fugistes do inimigo?
LEOPOLDO
Condenado pelos bárbaros a uma morte cruel.
Meu odiado rival arrancou-me do inimigo.
Jurava mata-lo.
Enquanto ele, fiel ao amor por ti,
a ti me devolveu
MARIA
Quem é ele?
LEOPOLDO
Bug Jargal
MARIA
Ele!
Por caridade!
Não amaldiçoes aquele miserável
que da
morte me salvou!
Como um irmão me protegeu,
como um irmão me amou.
Ele sofreu,
o seu nobre coração sangrou.
Se me amas, bendiga-o,
Se me amas, bendiga-o
como eu o bendirei
LEOPOLDO
Mas eu jurei mata-lo
MARIA
Não odiar aquele miserável
LEOPOLDO
Ah, a dor me fez vil.
Sim, se a alma foi tão bárbara
para odiar quem me salvou... para odiar.
para odiar quem me salvou... para odiar.
MARIA
Quem da morte me tirou.
Como irmão me protegeu,
me protegeu.
Como um irmão me amou.
LEOPOLDO
...para odiar quem me salvou.
Mas longe de ti, imerso na ânsia,
eu recordava a todo momento o passado feliz.
Acreditava
que ele era vil, perverso!
Jurei mata-lo ou morrer.
Te amei demais, para aceitar que outro te ame.
E a dúvida foi uma terrível conselheira...
Deixar que ele retorne
a ti como amigo,
agora que ele está preso pelos meus guerreiros,
como
inimigo...
MARIA
Ele está perigo? É verdade? É verdade?
LEOPOLDO
Sim! Deixa-me retornar ao campo.
Lá, ele ficou como refém,
se não retorno em uma hora
terá um triste fim.
Meus amigos o fizeram refém,
temendo uma traição
Ele, talvez, impávido morrerá
MARIA
(Abraça Leopoldo)
Espera! Um beijo, um beijo...
LEOPOLDO
Adeus, não chore...
MARIA
...um sorriso teu......
LEOPOLDO
A honra me chama, a honra me chama.
MARIA
... mais um beijo!
LEOPOLDO
Adeus, não chores.
Adeus!
MARIA
Não!
LEOPOLDO
Deixa-me
MARIA
Não!
O coração me diz que não te verei mais
Perde-te é morrer.
Lá, tem perigo...
LEOPOLDO
Ele, talvez impávido, irá à morte...
MARIA
Aqui está o amor.
LEOPOLDO
Minha Maria!
MARIA
Não, não fujas, porque a alma suspira.
Não, não fujas às alegrias do coração
LEOPOLDO
Minha honra clama por ele
A honra me chama.
(tiro de canhão ao longe)
LEOPOLDO Ah, tarde demais.
Os bárbaros o conduziram à morte.
Céus!
MARIA
Oh, céus!
Que está acontecendo?
Fala!
LEOPOLDO
Tarde demais! Ele está em perigo!
MARIA
Céus!
(tiros de fuzil)
LEOPOLDO Não!
Parem!
Ele me salvou, e a morte eu o conduzi...
MARIA
Ele é inocente.
Piedade Senhor!
LEOPOLDO
O amor me venceu! Piedade!
Piedade Senhor!
MARIA
Céus! Ele é inocente.
LEOPOLDO
Piedade senhor!
MARIA
Piedade senhor! Piedade. Sim.
Céus! Parem!
|
ACTO IV
(Una
gran pradera. Al fondo,
árboles, palmeras,
etc. En primer plano
una aldea con chozas de
paja,
a la derecha,
la casa Biassù)
Primer Cuadro
Escena I
BIASSÙ
Los blancos están encadenados.
CORO
Los blancos están encadenados...
BIASSÙ
¡Los opresores han sido derrotados!
CORO
¡Los opresores han sido derrotados!
BIASSÚ
¡Matemos a esos viles...
¡Matemos a esos viles!
¡Y entonemos un burlón canto fúnebre,
un burlón canto fúnebre, por los que mueren!
CORO
¡Que la sangre nos embriague!
BIASSÙ
¡Matémoslos ahora! ¡Matémoslos!
CORO
¡Matémoslos ahora!
BIASSÙ
Como un huracán que destruye
la naturaleza,
así
nuestra violenta ira
ha
destruido al infame opresor.
Las pesadas cadenas se han roto...
¡La sangre nos hará olvidar!
¡Bailad, cantad!
¡Que los blancos ya aprendieron a temblar!
Escena II
Ballet
Escena III
BIASSÙ
¡Traed a los prisioneros!
(Entra Leopoldo con las manos
atadas,
escoltado por soldados
de Biassù.)
Dime ¿En tu prisión,
te aburriste mucho?
¿Qué has visto?...
LEOPOLDO
Palmeras de altas copas...
donde ahorcabais a los míos...
BIASSÙ
¡Condenado sea a muerte!
CORO
¿Que muera quien desafía a los negros!
¡A muerte!
BIASSÙ
¡Muerte! ¡Muerte! ¡Muerte!
¡Que mueran! ¡Que mueran!
CORO
¡Quien desafía a los negros!
BIASSÙ
¡Muerte! ¡Muerte!
Escena
IV
(Las mujeres llegan vestidas de gala
y bailan alrededor de los prisioneros)
Ballet
Escena V
(Se escucha a lo lejos las trompetas
que anuncian
la llegada de los hombres
de Bug Jargal)
BIASSÙ
¡Se acercan las huestes de Bug Jargal,
nuestro rey!
¡Qué feliz soy!
(Desfile de negros que preceden a Bug
Jargal y
vienen trayendo los trofeos de la
victoria. Desfilan
delante de la casa de Biassù.
Vienen armados con
escopetas, arcos, flechas,
lanzas, etc. Sobre sus
cabezas llevan
pendones multicolores. Al pasar
ante Biassù
bajan sus armas en señal de respeto.
En el sombrero de Bug Jargal, se observa una
gran pluma, símbolo del poder supremo)
BUG JARGAL
De ti, una gracia pido...
BIASSÙ
¡Señor!
¡Será un verdadero honor
el poder obedecerte!
BUG JARGAL
(Señalando a Leopoldo)
¡Que él sea liberado!...
BIASSÙ
¡Qué!
Como prisionero de guerra, él me pertenece.
¡Solo de mí, depende su destino!
BUG JARGAL
Lo sé. Es por eso que te lo pido.
BIASSÙ
(A sus guerreros, que avanzan hacia
Leopoldo,
siendo
impedido por Bug Jargal)
¡No puedo hacerlo!
Un sangriento ultraje él me hizo...
¡Matadlo!
¡Esa es mi voluntad!
BUG JARGAL
¡Soltad al prisionero!...
¡Es Bug Jargal quien lo ordena!
(Bug Jargal toca con sus manos la
pluma blanca
y todos se inclinan
ante él, excepto Irma)
¡Soy el hijo del Congo, vuestro rey!
LEOPOLDO
¿Tú me salvas?
Esa deshonra no la puedo consentir...
(Leopoldo se desprende de sus
captores, arrebata
una daga a Bug Jargal e intenta suicidarse)
BUG JARGAL
¡Detente! Que la muerte espere...
LEOPOLDO
¡Así sea!
A mi regreso...
Será sagrado el día de mi venganza.
BIASSÙ
Pero ¿por qué te pones de su lado?
¿Qué te ha hecho perder el odio?
BUG JARGAL
Te opusiste a mi voluntad,
sin embargo te perdono.
¡La vida del prisionero te la cambio
por la pluma del poder supremo!
Doy así un mensaje al nuevo día... ¿Me entiendes?
(Bug Jargal da la pluma a Biassù)
BIASSÙ
¡Oh! ¡Qué felicidad!
BUG JARGAL
¡Reiniciad a los festejos! ¡Danzad!
¡Si, danzad mientras la muerte
anida en mi pecho!
¡Vamos!
(Bug Jargal parte con sus hombres.
Irma queda
desolada, mientras que
los otros negros felicitan
a Biassù
y reanudan las danzas)
Cuadro segundo
Escena I
(En el bosque. Una montaña al fondo.
Cuando se
abre el telón, entra Bug Jargal y
se encuentra con
María, que lo estaba
esperando con ansiedad)
MARÍA
¿Está a salvo?
BUG JARGAL
Está a salvo...
MARÍA
Tú los has salvado
pero no me devuelves a mi amado.
Dime ¿por qué?
¡Devuélvemelo, devuélveme sus cálidos besos!
A mi amor devuélvele la esperanza.
Si lo salvaste,
¿por qué no me devuelves a mi amado?
Dime ¿por qué?
¡Tráelo conmigo, devuélveme la fe!
Pero... ¡estás pálido!... te estremeces.
¿Estás sufriendo?
¡Habla!
BUG JARGAL
¡No sigas! Ten piedad de mi sufrimiento.
No maldigas, María, no me maldigas.
¡No maldigas el inmenso afecto de este
esclavo
que sufre porque siempre te amó!
MARÍA
¿Tú me amas?
¡Mi corazón te consideraba
como a un hermano
y no puede amarte de otra forma!
Si lo salvaste devuélvemelo.
¡Devuélveme a mi amado!
¡Si lo salvaste devuélvemelo!
¡Devuélveme sus cálidos besos, su amor!
BUG JARGAL
Un inmenso dolor traspasa mi corazón...
No hieras a quien tanto te adora
y que darte la vida siempre juró.
Ten piedad de mí,
que loco, un día soñé
con contemplar el paraíso
a través de tu divina imagen.
Ten piedad de mí,
que loco, un día soñé
con contemplar el paraíso
a través de tu divina imagen.
¡Ah, por Dios! ¡No digas que lo amas!
Si mi dolor llega a tu corazón,
no, no digas que tus besos
son para aquél a quien tanto odio...
MARÍA
Mi corazón, gracias a ti,
se reconforta.
Si me amas...
aquí te
imploro...
¡Antes que el
dolor me mate,
antes que tenga que
suplicarte,
que te conmuevan mis lágrimas!
Ve, hermano, no
te demores...
¡Ve!
BUG JARGAL
Adiós, sueño lisonjero...
MARÍA
Hermano, no te demores...
BUG JARGAL
¡Oh, muerte! Dame tú el olvido
porque es en vano tener esperanzas.
MARÍA
¡Ah! Que mi llanto te conmueva.
¡Hermano, tráelo aquí!
BUG JARGAL
¡Oh, muerte! Dame el olvido.
¡Sí dame el olvido!
MARÍA
No te demores.
BUG JARGAL
¡Adiós!
MARÍA
¡Ve hermano!
BUG JARGAL
¡Dame, oh muerte, el olvido!
MARÍA
¡Ve!
Segundo Cuadro
Escena II
MARÍA
Que hasta mi lo conduzca,
o de lo contrario el amor transformará
en odio mi piedad.
Inspíralo, oh Dios, y haz que mis penas
acaben finalmente.
Que las dulzuras del amor devuelvan
esa deseada embriaguez a mi corazón,
con los besos de mi amado todo será olvidado.
A su lado, a su lado
la vida es hermosa,
el camino se llena de luz,
de alegrías, de felicidad y de flores,
y toda la creación sonríe,
todo lo creado sonríe.
Que nunca estemos separados,
necesito su amor. Necesito su amor ¡Sí!...
Que las dulzuras del amor devuelvan
esa deseada embriaguez a mi corazón.
¡Devuélvemelo, oh piadoso Cielo!
Da paz a mi corazón amante.
¿Había ira en su mirada
o piedad en su corazón?
En su alma que sufre y suspira
¿vencerá el odio o el amor?
¿Vencerá la ira o el amor?
(María, abatida por la angustia, está sentada
en una roca.
Leopoldo llega y habla para sí
mismo.
Cuando María lo ve, se levanta y se
arroja
en sus brazos)
LEOPOLDO
Bug Jargal me juró que la encontraría
en la primera sabana.
Espero que haya dicho la verdad...
y que pueda reencontrar
a mi ángel adorado,
Al ángel de mis pensamientos,
¡María!
MARÍA
¡Ah! El Dios piadoso te trajo nuevamente
junto a este corazón que te ama
y que implora tu constante afecto.
Recompensa con felicidad
a quien su alma te abre.
LEOPOLDO
¡Ah, sufría creyéndote perdida!
Sonríe, vuelve a darme tus besos
y las ansias de tu corazón enmudecido.
¡El piadoso
cielo escuchó mis plegarias!
MARÍA
¡Cuánto he sufrido!...
LEOPOLDO
¡Ah! María...
MARÍA
¡Cuánto sufrí... y cuánto lloré!
LEOPOLDO
¡Si! Ahora sonríe
y vuelve a darme tus besos
y el cariño de tu corazón enmudecido.
¡El
cielo piadoso me ha escuchado!
MARÍA
¡Cuánto sufrí... lloré y lloré!
Pero ahora, que el piadoso Dios a mi te envía,
dime, ¿cómo huiste de los enemigos?
LEOPOLDO
Condenado por los salvajes a una muerte cruel,
mi odiado rival me rescató del enemigo.
Yo había jurado matarlo.
Mientras que él, fiel a su amor por ti,
ha permitido que regrese a tu lado.
MARÍA
¿Quién es él?
LEOPOLDO
Bug Jargal
MARÍA
¡Él!...
¡Ah! No maldigas a ese infeliz
que de la muerte también a mí me salvó.
Como si fuese mi hermano
me protegió
como un hermano me amó.
Él ha sufrido.
Su noble corazón ha sangrado.
Si me amas, bendícelo.
Si me amas, bendícelo
como yo lo bendeciré.
LEOPOLDO
Yo juré matarlo.
MARÍA
No odies a ese infeliz.
LEOPOLDO
¡Ah! Vil me ha hecho el dolor.
Mi alma fue tan cruel, sí, sí,
que odié a quien me salvó...
¡Odié a quien me salvó!...
MARÍA
Me salvó de la muerte
y como un hermano me protegió.
Sí,
me protegió
y como un hermano me amó.
LEOPOLDO
¡Odié a quien me salvó la vida!
Lejos de ti, inmerso en el deseo,
llorando, añoraba el pasado feliz.
¡Creí que ese hombre era vil y perverso!
Juré matarlo o morir.
Te amo demasiado como
para permitir que otro hombre te ame,
y la duda fue una terrible consejera.
Deja que vaya a su lado como un amigo
ahora que como enemigo él está preso
de mis propios seguidores.
MARÍA
¿Él está en peligro? ¿Es verdad? ¿Es verdad?
LEOPOLDO
¡Sí! Deja que regrese a mis propiedades.
Él se ha convertido en un rehén
y será ejecutado
si en una hora
yo no estoy de regreso.
Mis amigos tomaron rehenes
pues temían una traición.
Es posible que él sea ejecutado.
MARÍA (abraza y retiene a Leopoldo)
¡Detente! Un beso, un beso!...
LEOPOLDO
¡Adiós, no llores!...
MARÍA
Una sonrisa tuya...
LEOPOLDO
El honor me reclama, el honor me reclama
MARÍA
¡Un beso más!
LEOPOLDO
Adiós, no llores
¡Adiós!
MARÍA
¡No!
LEOPOLDO
¡Déjame!
MARÍA
¡No!
El corazón me dice que no volveré a verte.
Si mueres, perderé tus abrazos.
Allá corres peligro...
LEOPOLDO
Él, quizás, ya camine hacia la muerte...
MARÍA
¡Aquí está el amor!
LEOPOLDO
¡María mía!
MARÍA
¡No, no te alejes de mi alma se angustiada!
¡No, no huyas de la felicidad de mi corazón!
LEOPOLDO
¡El honor me reclama!
¡El honor me reclama!
(Se oyen disparos de cañón a lo lejos)
LEOPOLDO
¡Ah! Demasiado tarde...
Los bárbaros lo conducirán al cadalso.
¡Cielos!
MARÍA
¡Oh, cielos!
¿Qué está sucediendo?
Dímelo...
LEOPOLDO
¡Es demasiado tarde, él morirá!
MARÍA
¡Cielos!
(se oyen disparos de fusil)
LEOPOLDO
¡No!
¡Deteneos!
Él me salvó, y yo a la muerte lo he conducido...
MARÍA
¡Él es inocente!
¡Piedad, Señor!
LEOPOLDO
¡El amor me ha vencido! ¡Piedad!
¡Piedad, Señor!
MARÍA
¡Cielos! ¡Él es inocente!
LEOPOLDO
¡Piedad, Señor!
MARÍA
¡Piedad, Señor! Piedad, ¡Si!
¡Dios mío, detenlos!
Digitalizado y traducido por:
José Luís Roviaro 2018 |